Na tua ausência
Fazes-me falta. Fazes-me tanta falta.
Embora Te sinta presente, porque estás em mim e eu estou em Ti.
Mas esta limitação humana, traz-me à tona de água a racionalidade, o superficial que não me ajuda a contemplar o mais fundo e só me deixa perceber os tempos, os minutos e dias que passaram depois da última vez que mergulhei em Ti, debaixo de alguma onda, em que não pudesse respirar.
Embora Te sinta presente, porque estás em mim e eu estou em Ti.
Mas esta limitação humana, traz-me à tona de água a racionalidade, o superficial que não me ajuda a contemplar o mais fundo e só me deixa perceber os tempos, os minutos e dias que passaram depois da última vez que mergulhei em Ti, debaixo de alguma onda, em que não pudesse respirar.
A ditadura da vida, a ditadura do tempo.
Sei que agora estou longe, mas sei que é em Ti que faço sentido. Sei, Eu sei que ainda somos mais Se nos olhamos tão fundo de frente.
Fazes-me falta, faz-me falta o decidido que sou quando estou dentro de Ti, rodeado de Ti, da água salgada a escorrer-me pelos olhos abaixo, quando nado decidido, sem medo mas com medo, com a certeza da loucura que um segundo mais, um segundo menos não te apanho.
Mas depois, quando por fim me erguer em Ti de novo, quando me sentir a caminhar sobre as águas, quando Te vir ao meu lado, naqueles metros de descida em que não existe a gravidade e a prancha corta uma fatia de água, sei que toda a distância, que todo o tempo longe foram tão pouco, tão pouco... comparado com o que somos.
Sentir-Te, ser envolvido, por Ti, as ondas, no corrediço comprido da vida, no drop, no deslize, no vento na cara, nos salpicos, no olhar determinado para a tua parede que se dobra atrás de mim, até pararmos, na espuma, junto à areia, onde por fim beijas eternamente a terra.
fazes-me falta, porque me corres no sangue, salgado e frio na distância, mas tão intenso e profundo como o mar e as suas ondas perfeitas há espera de mim...
Sei que agora estou longe, mas sei que é em Ti que faço sentido. Sei, Eu sei que ainda somos mais Se nos olhamos tão fundo de frente.
Fazes-me falta, faz-me falta o decidido que sou quando estou dentro de Ti, rodeado de Ti, da água salgada a escorrer-me pelos olhos abaixo, quando nado decidido, sem medo mas com medo, com a certeza da loucura que um segundo mais, um segundo menos não te apanho.
Mas depois, quando por fim me erguer em Ti de novo, quando me sentir a caminhar sobre as águas, quando Te vir ao meu lado, naqueles metros de descida em que não existe a gravidade e a prancha corta uma fatia de água, sei que toda a distância, que todo o tempo longe foram tão pouco, tão pouco... comparado com o que somos.
Sentir-Te, ser envolvido, por Ti, as ondas, no corrediço comprido da vida, no drop, no deslize, no vento na cara, nos salpicos, no olhar determinado para a tua parede que se dobra atrás de mim, até pararmos, na espuma, junto à areia, onde por fim beijas eternamente a terra.
fazes-me falta, porque me corres no sangue, salgado e frio na distância, mas tão intenso e profundo como o mar e as suas ondas perfeitas há espera de mim...
Sempre à espera de mim, por mais longe que eu ande.
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