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A mostrar mensagens de dezembro, 2011
uma oração
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Christian Redongo, Tahiti | photo: Zak Noyle Paizão, Inventámos esta coisa chamada tempo para nos orientarmos, medirmos as coisas, os objectos, as pessoas... Por isso está a chegar ao fim um ano bonito. Por isso vai começar um ano que confesso, estou ansioso por ele e, com expectativa! Soa bem dois-mil-e-doze .... tem boa sonoridade... Desculpa o Amor desperdiçado neste ano. É a única coisa que andamos aqui a fazer e às vezes, perdemo-nos disso para coisas ilusórias que nos descentram do principal que está além dessas medidas chamadas tempo e espaço. Obrigado pelas pessoas, obrigado pelas ondas, obrigado pelos momentos duros, pelos momentos doces, pelas oportunidades, pelos defeitos, pelas qualidades, pelo trabalho, pelo passado, pelo futuro, mas sobretudo pelo presente! Isso tudo que me deste faz o ser em construção que aqui Tens. Obrigado por esta sensação de fim de ciclo, misturada com início de ciclo. É brutal a criatividade que se tem quando estamos ...
Meu Amor...
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... Meu Amor da minha Vida... assim que te vi... fiquei estarrecido!... eras a loira mais deslumbrante que eu algum dia tinha visto. Soube logo naquele momento que era ao teu lado que queria ver o sol a baixar e a noite a cair. Seria ao teu lado que queria correr sobre a manhã, a enfrentarmos juntos o que as ondas da vida nos trouxerem. Seria ao teu lado que quero deslizar, por esse mar azul e profundo fora. Seria ao teu lado que queria adormecer todas as noites, ao teu lado, onde tudo faz sentido e o milagre acontece. Sabia que juntos iríamos passar muitos obstáculos, desafios, a vida vai ser o constante milagre de a cada onda gigante que achamos que não somos capazes, corrermos o último instante, na última remada para a vertigem do drop... chegaremos sempre, tu e eu ao poço sagrado do silêncio, o túnel da água, cintilante e translúcida. Soube logo que iria passar muito tempo da minha vida deitado em cima de ti, sentado também... e mesmo de pé em cima de ti. Sei que o no...
O mar onde eu nasci
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in: Tu és um Homem de viagem. E aqui vejo água, vejo o mar – continuou o velho - A terra está carregada das leis, mandos e desmandos. O Mar não tem governador. Quem constrói a casa, não é quem a ergueu, mas quem nela mora. (...) Nós os da Costa somos habitantes não de um continente, mas de um oceano. Mia Couto Todos temos uma terra onde nascemos. Nem todos temos outro sítio, mas aposto que todos temos uma onda memorável, uma vertigem, a primeira, do primeiro drop que fizemos e caímos a seguir porque a emoção não nos deixou ter concentração para fazer o resto como devíamos fazer. Vemo-nos a descer, a ficar sem fôlego e sem chão por baixo e, de repente seguimos, para um lado ou outro, direita ou esquerda, ou mais provavelmente em frente porque quando se aprende e não se tem medo, mandamo-nos para a frente. Ou ainda mais provavelmente como disse atrás, para baixo das ondas, num mergulho em que andamos às voltas debaixo de á...
horizonte largo
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Dois binómios são um travessão que começa bem qualquer ideia ou estória de horizontes mais largos, fazendo-nos chegar, como almas grandes nos fazem, muito mais longe, por caminhos de areia mole ou de perdas duras, montanha acima ou deserto adentro, por ondas de água fria, medonhas, cavadas ou picadas... Há caminhos que são feitos com a magia dos binómios. Uma prancha de surf e um Land Rover encerram em si mesmos um grande significado, como se de calçado se tratasse, um que nos dissesse que com eles, podemos ir a todo o lado. Dizia o Indiana Jones no primeiro filme e em pleno mar... "it's not the age... it's the mileage"
carta para mim daqui a 40 anos
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Hoje é uma noite fria de Dezembro... há quarenta anos atrás. Dezembro não deixa de ser Dezembro, seja lá isso em que idade for. Andaste no mar hoje, com um fato de 5/3 milimetros mais elástico que o teu primeiro que era 3/2. Chama-se a isto evolução. Provavelmente se hoje, quando estiveres a ler isto, ainda surfares, o fato ainda há-de ser mais xpto ... tipo, água aquecida dentro de micro-fibras?!.... brutal! praia da barra.. sometime in december two thousand & eleven Tinhas também umas botas que compraste na Ericeira. Compraste, da segunda vez que foste à loja, porque quando lá foste à procura delas, não encontraste o teu número nas antigas, já fora de moda e, a comprares tinham de ser umas daquela época, por isso mais caras... só porque a fita era azul e mais não sei o quê. Não as trouxeste. Foste para a água a seguir, cortaste os pés nas pedras e assim que os puseste fora de água, voltaste ao raio da loja porque de um momento para o o...