Havia uma tartaruga que era jovem, irreverente como os jovens, gostava de experiências novas e gostava de arriscar, ir mais longe, desafiar limites. Tinha um vizinho, um sapo, sábio, de cabelos brancos de riqueza de vida. Era discernido, tranquilo, tinha muita experiência e, como verdadeiro sábio, gostava de partilhar a sua sabedoria e dar conselhos. Uma noite, a tartaruga jovem queria sair. Mas o sapo sábio avisou-a de que a noite tinha perigos, era escura e fria, escondia-se nela o risco invisível do perigo. A tartaruga, na sua irreverência, agradeceu ao sapo o conselho, mas disse-lhe que iria sair, queria sair na noite. Colocou então a cabeça e as pernas fora da sua carapaça e pôs-se a caminho! Mais à frente, numa pedra escorregadia, colocou-se em falso e tropeçou. Rebolou, rebolou e ficou virada ao contrário, de pernas para o ar. Refeita do susto, colocou de novo as pernas e a cabeça fora. Esperneava, esperneava, mas não conseguia voltar-se. O sapo, chegando junto dela disse-lhe: -...